Bosque outonal
Folhas caem das copas
Cama para mim
Na velha casa
Sabiá preso na gaiola
Canto esquecido
De manhã cedo
A grama se abre
Pisada de sol
sexta-feira, 23 de março de 2007
Descoberta pelos haikais
Na semana passada, tive o prazer de fazer uma oficina de poesia com a Alice Ruiz. De graça, na biblioteca Alceu Amoroso Lima, em Pinheiros. Parêntese: quem reclama que não existe boa programação cultural gratuita em São Paulo merece levar umas 100 chibatadas, pra deixar de ser besta, ou distraído. O tema da oficina era Haikai. A Alice nos apresentou aos ‘estados zen para nos tornarmos instrumentos de haikai’: ausência do eu, solidão, grata aceitação, ausência de palavras (no sentido de que nada do que não é necessário merece ser dito), ausência de intelectualização, contradição, humor, liberdade, amor, coragem, materialidade, simplicidade, ausência de moralidade. Foi paixão ao primeiro verso, me senti embevecida. Depois de algumas tentativas a coisa começou a fluir e agora, uma semana depois, já me sinto uma velha haicaista. Brincadeira, mas estou aprendendo! Quer ver?
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